domingo, 22 de janeiro de 2012

Falsas Borboletas


     O jeito dela era esse. Sorria durante o dia, deixava as mágoas para chorar sozinha a noite. Tinha aprendido muito bem como sentir, mas provavelmente faltou na aula de como esquecer.
     Andava suspirando pela casa, cantava músicas românticas, imaginava roteiros com final feliz pra eles.
     Ela estava disposta a morrer esperando-o se fosse necessário. Pra falar a verdade, morria um pouquinho por dia, mesmo assim achava forças, sei lá eu de onde, pra o amar por mais de mil anos.
     Estava machucada. Muito. Mesmo assim, não estava disposta a desistir. Tinha um coração forte (até demais), que apesar de ter sido enganado varias e varias vezes, não aprendia, continuava doce, ingênuo.
     Era uma boa menina, sempre feliz, tinha bons amigos e se preocupava mais com os outros do que com ela mesma. Sabia que merecia alguém melhor, que se preocupasse de verdade com ela, não lembrasse só de vez em quando. Porém, seu coração persistente, só pedia por ele.
     Então, somente aguardava o dia em que cansaria de tamanha teimosia e se abriria ao amor, pra ser feliz de verdade. Porque até hoje, tudo que ela sentiu, foram falsas borboletas no estômago.


                                                        Bruna Caroline Pettean

2 comentários:

  1. Que lindo! Amei. Só achei que a formatação está um pouco estranha.
    Abraços.

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    1. Camila, obrigado! (digo em meu nome e no da Bruna).
      Já consertei a formatação do texto, agora está bem melhor.
      Abraço!

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