sexta-feira, 5 de julho de 2013

Eu amo meu país de canto a canto

E pra continuar com nossa semana de inspiração momentânea, nada mais justo que falar sobre a inspiração poética que cada parte do Brasil nos traz. Nessa era da internet, quem nunca amou alguém a distância? Qualquer tipo de amor, de todas formas..Amar as pessoas, nos faz amar onde vivemo que fazem, como são.. Faz com que queiramos sempre mais saber sobre esse lugar.Descobrir que o país é melhor do que imaginamos e que cada cantinho dele nos reserva algo ou alguém especial.

E eu amo meu país de canto a canto. Claro, que em época de protestos contra o governo essa é uma das frases mais ditas. Mas eu não amo meu país apenas pela genética revolucionária jovem estar exaltada dentro do meu ser, não só por ser meu dever de cidadã e muito menos por ser onde nasci e cresci.
 Eu o amo porque sou feita de amor e encontro em cada canto dele algo para amar.
Amo o Paulista que fala ‘’oxe’’.
Amo o Paulista que fala japonês.
Amo o sotaque do Cearense.
Amo o ‘’xero’’ do Natalense.
Amo os amapaenses falando ‘’ dentista’’.
Amo o ‘’ Uá’’ do Mineiro.
Amo o ‘’ leite quente’’ do Paranaense.
Amo, amo, amo, sem fronteiras, barreiras ou distinção.
Amo a diversidade de cada cantinho desse país porque sou feita de amor e o encontro em qualquer pessoa desse Brasil de meu Deus.

Marília Galera


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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Filosofando com o cão

Diversas percepções, sensações apresentadas de vários ângulos, alguém com uma câmera, uma caneta e um bloco de anotações brincando com seu cão pelas altas horas da noite. Qualquer situação serve para ser escrita, por mais que depois de pronta, possa ser incompreensível, a alguns...

Filosofando com o cão

Eu e meu amigo cão filosofando à meia noite. Penso, olhando a lua e a neblina, sobre o lado negro da vida, enquanto eu e meu cão pensamos aconchegados, protegidos do vento, alguns donos e cães, amigos, têm o vento como único aconchego, um acalanto gélido e cruel.
          Abraço meu amigo, o cheiro é bom, acertei na compra do xampu. Volto a pensar, o farol do carro na garagem gera uma claridade bonita que me remete a holofotes, não sei por que, nem o sentido. O frio aumenta e uma coruja pia em algum lugar nem muito longe, nem muito perto.
          A atenção do cachorro se desvia de mim para o pio.
          Retorna.
          Estou perdido em pensamentos desconexos e tentando imaginar a reação de meus amigos se eu escrevesse minhas reflexões em um bloco de anotações ganhado no supermercado.
          Compartilhei com meu cão a ideia, a resposta. Au.
          Fotografei-o, soltei a coleira, entrei e escrevi.

Aluã Rosa


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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Para meu bem

   Em nosso terceiro dia de Inspirações momentânea, um grito, a explosão de sentimentos que se pressionava no coração de alguém e que se esparramou em palavras.

     Para meu bem.


  Olhe para mim, meu bem, interprete os gritos silenciosos que estão estampados no fundo da minha alma desvairada. Preocupe-se, meu bem, não com o que digo, mas com o que calo.
     Mire o fundo de meus olhos, meu bem, as respostas pelas quais procura e que não foram dadas por mim, estarão gravadas neles.
     Desvende meus mistérios, meu bem, eu não fui sempre assim tão louca, de sorriso vago e coração distante. Foi a vida que me distorceu.
     Resgate-me, meu bem, às vezes fica escuro e frio dentro desse mundo em que vivo.
     Entenda-me, oh meu bem, não pressione-me nem julgue, fique ao meu lado quando eu precisar de um ombro para me apoiar.
     Conquiste-me, meu amor, pois se realmente puder me fazer feliz, talvez eu recupere a ânsia de voltar a levar a vida como o resto de vocês.
     Mas só faça algo por mim, meu bem, se sentir verdadeira vontade, pois se for para voltar para um mundo hipócrita onde as pessoas que me cercam só estão ali por interesse, prefiro manter meu verdadeiro eu trancafiado em meu universo interior.

Bruna Pettean


terça-feira, 2 de julho de 2013

Conheci um poeta

     Em nosso segundo dia de postagens da Semana de Inspiração Momentânea, um poema sobre sentir-se preenchida de palavras, perceber tudo isso transbordar pra fora do corpo, como se realmente nós pudéssemos ser a poesia que tanto lemos. Afinal de contas, quem nunca se sentiu inspirado por um texto, poesia ou até mesmo por uma pessoa?

Conheci um poeta

Uma vez conheci um poeta. Tão louco, tão são de si mesmo....
Inteligente ao extremo, era difícil desvendá-lo.
Resguardado em seu universo paralelo,
me encantou com suas palavras e suas rimas,
era como se seus versos me fizessem amá-lo.
O som da sua voz...
A leitura de um poema,
me estremecia.
Era sua arte pairando pelo ar,
 leve como folhas que caem no outono,
era melodia para meus ouvidos.
 Ouvia tudo de olhos fechados,
eu o via,eu o sentia.....
Éramos poesia .

Marília Galera


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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Refúgio

Para começar nossa semana de Inspirações momentâneas, refúgio, escrito num misto de sensações e sentimentos causados por um simples deitar na grama, observar do céu. Existe algo melhor do que relaxar em lugares onde fixam-se nossas raízes?


Refúgio


Não sei dividir as sílabas dessa palavra, mas como o texto não é uma lição gramatical, não tem problema.
          Passo os dias tentando imaginar como é o céu, não esse azul em que moram as estrelas, mas o céu em que as gentes vão depois que morrem; nunca cheguei a conclusão nenhuma.
          Certa vez sonhei com o céu, era um sítio. Tinha lagos, árvores e colinas, assimilei, não sei se conscientemente, aos sítios da minha terra.
          Ah, os sítios da minha terra são meu refúgio, lá me sinto bem, o som dos pássaros, o céu mais limpo, mais claro e o barulho da água que escorre direto da mina para a bica.
          A tranquilidade daquele lugar me faz chegar mais rapidamente ao céu, e já no céu, sinto-me como naquele refúgio.
          Paro.
          Penso.
          Já não sei se escrevo no céu ou no sítio.
          Deito-me na grama e observo o azul que cobre o mundo, olho em todas as direções e me fixo encarando o horizonte alaranjado pra lá dos montes.
          Procuro a perfeição de Deus, e encontro.


Aluã Rosa                           


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