Olívia
era uma menina linda, loira, olhos azuis e pele clara, morava em Fraiburgo,
interior de Santa Catarina, sua melhor amiga era Marina, uma garota vinda de
Florianópolis.
Nas
férias de verão, as garotas foram para a capital, visitar a avó de Marina. Dona
Alana era muito gentil e amável, fazia de tudo para agradar as duas.
Na
última noite da viagem, as três estavam sentadas na sala conversando
alegremente quando Olívia disse:
-Dona
Alana,o que é aquilo ali na parte mais alta da estante? - apontou para um buquê
murcho de rosas brancas.
-Ah,
não é nada de importante, minha querida. - retrucou prontamente.
- Mas o
que é então, vovó? - insistiu Marina.
-São
apenas flores, apenas um imundo buquê velho, o qual eu vou até jogar no lixo! -
levantou-se e foi em direção da estante.
- Não!
- protestou Olívia - São tão lindas... Dê para mim então.
-
Nunca! Vocês não sabem o que isto é capaz de fazer... - resmungou a velha
- Então
nos fale vovó!
Dona
Alana se deu por vencida. Contou do encantamento envolvendo o ramalhete e que
seu dono teria direito a três desejos, mas que cada pedido, causava uma
consequência.
- Isto
é incrível ! - exclamaram as meninas em uníssono.
- Não!
É horrível! Vocês não entenderam? As
consequências podem ser pavorosas. Dizem, que a última pessoa que resolveu
tentar a sorte, no 3º desejo, pediu pela morte.
Vendo a
expressão das meninas, Dona Alana complementou:
- É só
uma lenda, meus amores, porém, vou jogar essas flores velhas no lixo!
- Mas
vovó, como é que você conseguiu esse buquê?
- Ãh,
ãh... Eu vou buscar mais refresco, vocês querem? - desconversou,deixou as
flores em cima da mesa de centro e saiu.
Olívia
correu até lá, pegou as flores na tentativa de protegê-las de serem jogadas.
Marina ficou intrigada com a reação de sua avó, mas nada disse.
Quando
Alana voltou, tentou argumentar com Olívia, mas a garota era teimosa:
- Se a
senhora não as quer e vai jogar no lixo mesmo, que mal há em dá-las para mim?
- Tudo
bem, leve, mas, cuidado... - deixou o aviso e um clima de tensão no ar, como se
soubesse que algo iria acontecer. - Agora, andem, as duas, pra cama, amanhã
cedo vocês têm que pegar o ônibus.
As
garotas foram para o quarto, ninguém falou enquanto as malas eram refeitas, ao
terminar de pôr as roupas, Olívia guardou cuidadosamente o buquê e fechou o
zíper.
- Você
tem certeza de que quer levar isso aí? - disse Marina
- Mas é
claro, são lindas flores...
- Estão
murchas! E tem aquele lance, dos desejos, não te dá medo?
- Deixa
de ser tonta, Marina, é um buquê comum, isso tudo é apenas uma lenda.
Apagaram
as luzes e dormiram. No outro dia, pegaram o primeiro ônibus e voltaram para
Fraiburgo. Chegando em casa, Olívia viu seus pais sentados à mesa falando sobre
as contas que precisavam ser pagas e a hipoteca da casa, na verdade, estavam
brigando e gritavam tanto que nem perceberam a chegada da filha.
Os dias
passaram e as brigas aumentaram, numa dessas Marina estava presente, Olívia
chorava e dizia não aguentar mais, foi quando olhou pra sua escrivaninha e
achou o buquê. Limpou as lágrimas, caminhou até ele e disse:
-
Então, é hoje que a gente vai descobrir se essas flores são uma lenda, ou não.
Aguardem a próxima postagem...
Bruna Caroline Pettean
Estou aguardando a continuação.... ah. o suspense de parar na melhor parte ficou muito bom.
ResponderExcluirObrigada, Samuel...
ResponderExcluirLogo postarei a continuação ;D